Exercícios físicos X Doenças Neuromusculares: realizá-los ou não?
- Ana Carolina Costa
- 2 de mar. de 2016
- 2 min de leitura
Sempre que pensamos em exercícios físicos aplicados as doenças neuromusculares (DNM) entramos em um dilema: Será que o exercício será benéfico? Podemos progredir a fraqueza muscular?? Muitas dúvidas e pouquíssimas respostas.
As DNMs são doenças progressivas que podem ocorrer na unidade motora (lá na medula), nos neurônios, na junção mioneural (entre um neurônio e outro) e no músculo. Então, quando elaboramos um programa de exercícios devemos ser cautelosos, pois podemos aumentar a lesão, gerando a morte de fibras musculares e neurônios.
E onde fica o gasto energético em tudo isso?!?
Ao realizar exercícios intensos, estamos lesando o tecido muscular, o que para uma pessoa sem esse tipo de patologia seria totalmente aceitável (de acordo com os objetivos propostos para o seu tratamento),porém nas DNMs estamos lesionando o tecido muscular que já não possui a mesma capacidade de se regenerar. Por isso sempre oriento que os exercícios sejam feitos com moderação, respeitando a fadiga e evitando compensações. Ao realizar muitas compensações, estamos gastando mais energia do que o necessário e também lesionando o músculo.
Os exercícios não são contra indicados, porém devem ser pensados e planejados de acordo com cada indivíduo e com a orientação de um profissional adequado.
As atividades deverão ser propostas de acordo com a necessidade cada um, dentro das variações de cada patologia. Devemos agir na manutenção da força muscular, amplitude de movimento e funcionalidade, desta forma, podemos trabalhar com exercícios orientados as atividades do dia a dia e conscientização corporal para minimizar as compensações futuras. Além de sempre, sempre, sempre, realizar exercícios que mantenham as vias aéreas desobstruídas e a força dos músculos responsáveis pela respiração.
Segue um pequeno editorial sobre o tema abordado hoje: Doenças Neuromusculares: rediscutindo o Overtrainning ‘
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