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Impacto da fadiga na Esclerose Múltipla

  • Ana Carolina Costa
  • 15 de abr. de 2016
  • 2 min de leitura

Esclerose Múltipla (EM) é doença crônica, degenerativa e autoimune, ocasionada por lesões desmielinizantes no sistema nervoso central. Normalmente afeta adultos jovens, entre 20 e 40 anos. Ocorre na forma de surtos e pode ser potencialmente incapacitante. Estima-se que 2,5 milhões de pessoas no mundo possuam EM.

As lesões podem ocasionar diferentes alterações como: Alterações neurológicas – espasticidade, alteração de sensibilidade, formigamento, tremores, alterações do equilíbrio, etc. Dor neuropática, sintomas oculares – alteração visual e dor, fadiga e alterações cognitivas.

O que é fadiga e como ela pode influenciar no processo de reabilitação??

O termo fadiga é utilizado para descrever qualquer fenômeno de declínio de função, medido por diversas variáveis fisiológicas, como duração, freqüência, intensidade, excitabilidade, entre outras. Acredita-se que a fadiga seja um dos sintomas mais comuns dentre os pacientes com EM. Cerca de 50-80% dos pacientes reportam fadiga ao seu médico e a sua equipe de reabilitação.

Em 2007, Mills e Young apresentaram uma definição bem completa sobre a fadiga na EM:

“Um prejuízo REVERSÍVEL de ordem motora e/ou cognitiva, com redução da motivação e desejo de repouso, que surgem de forma espontânea ou após alguma atividade física ou mental, umidade, ou ingestão de determinados alimentos. Pode ocorrer em qualquer momento, mas é geralmente pior durante as tardes, podendo ocorrer até mesmo diariamente”.

Ou seja, a fadiga na EM não é apenas um cansaço que passa rapidamente e que pode ser comparado com a fadiga muscular de individuo normal. É algo que se torna um fator limitante, fazendo com que o individuo aplique muito mais energia do que o necessário para realizar determinadas tarefas no seu dia-dia.

Em resumo, a fadiga é um sintoma que deve ser amplamente acompanhado, pois ela pode fazer com que o individuo tenha um menor rendimento durante o processo de reabilitação e até mesmo nas atividades de vida diária, tornando-o muito mais dependente de outras pessoas, interferindo assim diretamente na qualidade de vida.

Lembrando ainda que cada indivíduo é único, e não podemos generalizar e/ou menosprezar os sintomas de cada um. O processo de reabilitação vai depender dos aspectos físicos e psicológicos de cada um, sendo necessário elaborar um plano terapêutico individual para cada pessoa, de acordo com sua necessidades e limitações.


 
 
 

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